A paciente divulgou um vídeo que, rapidamente, foi espalhado nas redes sociais.
Na noite deste domingo (04/05/25), uma moradora do Entroncamento de Jaguaquara-BA publicou conteúdos nas redes sociais nos quais protesta sobre o tempo no qual esperou por atendimento na UPA24H. Segundo ela, houve uma espera de mais de 40min, antes da sua saída da unidade. Rapidamente, o vídeo foi compartilhado em diversos grupos de Whatsapp. Em seguida, um grande debate foi levantado em torno da questão. O que se sabe é que existe uma classificação de risco baseada no protocolo de Manchester que consiste em um método de classificação de riscos amplamente utilizado em todo o mundo para determinar quais são os atendimentos prioritários nas unidades de emergência. O protocolo garante que pacientes que correm risco de morte sejam atendidos de forma prioritária. Nele, os níveis de risco são divididos em categorias representadas pelas cores:
Azul: Não urgente – Atendimento em até 4h
Verde: Pouco urgente – Atendimento em até 2h
Amarelo: Urgente – Atendimento em até 1h
Laranja: Muito Urgente – Atendimento em até 10min
Vermelho: Emergência – Atendimento imediato.
O paciente deve ser avaliado na triagem e, partir do grau de risco, recebe uma pulseira com uma dessas cores supracitadas. Neste caso da paciente que divulgou o vídeo, a sua classificação foi Azul: Não urgente. Segundo ela, o consultório estava vazio, enquanto esperava pelo médico. A nossa equipe confirmou a presença do médico na unidade, mas segundo as informações, no horário, o médico estava no período de descanso, momento utilizado pelos profissionais em plantões extensos para alimentação e repouso. Vale ressaltar que em casos de urgência e emergência o atendimento é obrigatório, mesmo que o médico ou médica plantonista esteja no período de descanso. As determinações sobre o assunto específico encontram-se no Código de Ética Médica (Resolução 2.217/2019). O período mínimo para este intervalo é de 1h, previsto no art. 71 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
✍🏽 – Da Silva Júnior
Publicado por Da Silva Júnior em 05/05/25 às 15h
